Decidimos fazer análises compiladas das mais recentes aventuras de Kal-El. Desta forma, os números 8,9,10,11,12 e 13 serão analisados em duplas, e futuramente voltarei a trabalhar em textos sobre revistas únicas.
Superman #8 - Nota final: 5,0
Como sempre, esta HQ é um mix de três: Superman, Supergirl e Action Comics.
Na primeira, Kal-El recebe uma proposta para juntar-se a um alienígena e dominar o mundo, é claro que ele se recusa e desce pra porrada.
Em Supergirl, Kara enfrenta as sensacionais arrasa-mundos em um combate violento.
E em Action Comics, o Super enfrenta o Colecionador de Mundos o que trará grandes consequências para o herói na Terra.
Esta revista é recheada de ação desenfreada. Há muitos “pof, soc, boom”, mas pouca consistência. Os diálogos estão fracos, nada que se sobressai, mesmo em Action Comics com o roteiro de Grant Morrison. Parece que todos decidiram dar as mãos e escreverem sobre porrada. Mesmo assim, há momentos onde arregalamos os olhos com as artes de Mahmud Asrar que finalmente consegue se destacar (ainda bem). Mas a grande decepção é focada na conclusão do primeiro arco em Action Comics. Admito que eu esperava muito mais de um cara como Morrison, mas nada surpreende, apenas vemos o óbvio ocorrendo o que por si só já é algo para me desanimar. É claro que podemos ainda aguardar grandes obras do cara, mas a sensação de que lemos um filmeco de ação e nada mais vai durar por um tempo.
De resto, não há nada muito a se comentar, pois tudo beira o banal em se tratando de roteiros, mas a arte está em um nível bem agradável.
Nesta edição que traz um novo arco para o Super, muita coisa nova acontece. Temos duas partes de Action Comics e uma arte de se aplaudir de George Pérez.
Em Superman - “Segredos e mentiras”, Keith Gifen traz um roteiro envolvente enquanto que as artes de Dan Jurgens continuam em alto nível. A história foca em um blogueiro babaca que ameaça trazer à tona a identidade secreta de Kal-El, mas uma nova vilã decide aparecer e causar mais problemas.
Mesmo sendo uma história “básica”, ou seja, luta entre herói e vilã com um babaca ao fundo, ela acaba apresentando uma qualidade quase que impecável, pois nada sai dos conformes, tudo rola redondo, tanto o roteiro quanto a arte. Ainda mais se compararmos com o confronto anterior chatíssimo contra Helspont.
Em Supergirl - “Uma garota no mundo”, sai o mediano Mahmud Asrar e entra o ótimo George Pérez. Além dessa arte magnífica, encontramos um roteiro inteligente e engraçado nas mãos da dupla Mike Johnson e Michael Green. Aqui vemos uma Kara Zor-El perspicaz, mesmo perdida em uma nova vida no meio de uma sociedade que claramente não a entende. Me arrisco em dizer que é a melhor coisa que já li da Supergirl, e por isso me empolgo com as próximas edições.
Já nas duas pequenas histórias de Action Comics - “A maldição de Superman” e “Poder executivo”, vemos uma realidade alternativa onde o presidente Calvin Ellis é, na verdade, um super herói muito similar ao nosso Homem Do Amanhã. A história é gostosa, interessante, mas extremamente passageira. Ela serve mais como uma anedota, mas vale a pena cada diálogo e cada piadinha. É, com certeza, uma boa transição para o que anda está por vir nesta HQ.
No geral, Superman #9 não apenas agrada, mas surpreende com textos de muito bom gosto e artes bastante competentes.
Esperamos que continue assim.
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