Salve salve pequenos enxutos gafanhotos, a convite do camarada Daniel HDR, cá estou mais um vez com um texto de um grande clássico dos quadrinhos: X-Men e Novos Titãs.
O ano era 1982 e tanto DC quanto Marvel tinham na época duas equipes de super-heróis sob os auspícios de artistas renomados. A DC vinha revolucionando o mercado com os Titãs de Marv Wolfman e George Perez e a Marvel com seus X-Men sob a matuta de Chris Claremont e Dave Cockrum. Nada mais atrativo para os fãs (e o caixa) das duas majors do que unir essas equipes em uma revista com artistas de renome e vilões consagrados. Sinônimo de história épica e memorável, certo? Bem… Mais ou menos.

Corta e estamos em NY. Após uma rápida introdução, os X-Men são mostrados na Mansão X atormentados por sonhos e visões da Fênix Negra, na forma da falecida Jean Grey. Em paralelo, Ravena na Torre Titã também é assediada durante o sonho, só que por visões de um enorme pássaro flamejante destruidor de mundos. Ao relatar o acontecido à Estelar, essa identifica o tal pássaro como a ameaça galática Fênix e alerta os demais Titãs. Os mesmos se reúnem na torre porém notam a ausência de Robin Dick aquele viadinho Grayson e saem em sua busca.
A equipe mutante tenta entender o motivo das visões coletivas enquanto os Titãs encontram Robin nocauteado após um rápido embate contra o Exterminador. Osmutunas deixam a mansão e partem em uma investigação, acabando por se deparar com Slade Wilson que já se encontrava quilômetros de distância de NY ao passo que a busca por respostas dos Titãs os levam a Mansão X.
A jovem equipe invade (!) a mansão e facilmente derrota o solitário professor X mas são atacados por parademônios e levados para um local desconhecido. Os X-men por sua vez encontram Slade coordenando a montagem de uma traquitana gigantesca porém são derrotados também pelos parademônios e levados para o mesmo ponto onde já se encontravam os Titãs.
Pois bem, as duas equipes são presas a um aparato tecnológico estrambólico e lá somos apresentados para o tal ser misterioso: Darkseid. O vilão mor da DC em um plano estrogonoficamente fantástico consegue reunir resíduos da força fênix espalhados pela Terra e por fim invoca o poderoso ser, que se materializa na forma de Jean Grey (os Ciclope pira).

Argonautas, existem histórias antigas que envelhecem muito bem e que são ótimas leituras mesmo décadas depois (Homem Aranha de Stan Lee e Steve Ditko dizem oi) e outras que não conseguem deixar a marca da época em que foram criada para trás (leiam a origem de Thanos. Vocês vão preferir um combo de socos no pâncreas). Pois X-men e Novas Titãs padecem do segundo exemplo.
Chris Claremont e Walter Simonson apresentam uma história chata, monótona, cheia de situações clichês, furos, péssimos diálogos e situações. A premissa de fato é bem interessante, mas Claremont se perde depois da 15ª página e a revista desce como um trem bala ladeira abaixo. Os recordatórios são extremamente massantes, os diálogos são piegas e patéticos e o desenrolar da história é recheado de situações WTF.


A cena quando Darkseid conta seu plano para os heróis presos é digna de um desenho da Hanna Barbera e a batalha final contra a Fênix tem situações tão WTF que acabam se tornando até engraçadas. Porém, entretanto, contudo e todavia, temos Walter Simonson nessa história. No auge de sua carreira, Simonson manda bem demais criando cenas estelares fantásticas, lutas empolgantes e fluídas. O nível de detalhamento da Muralha é embasbacante, o movimento dos personagem é dinâmico e a composição de suas páginas não é algo genial e fantástico, mas muito bem construído e eficiente.

X-Men e Novos Titãs foi publicado originalmente na revista Uncanny X-men And The New Titans em 1982 pela Marvel / DC Comics e emGrandes Heróis Marvel nª09 pela Editora Abril em setembro de 1985.
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