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sábado, 27 de julho de 2013

Antes de Watchmen

No universo de fãs dos quadrinhos ou como também podemos chamá-las revistinhas, gibis, formatinhos, ou até para aqueles mais vislumbrados pela dinâmica da cultura pop americana comic books ou até graphic novels. Acredito que não há quem não conheça a grandiosa e eloquente epopeia contida em Watchmen (romance gráfico publicado pela DC Comics entre 1986 e 1987, numa época onde era crescente o medo da derradeira Guerra Nuclear entre os Estados Unidos e a então União Soviética). Não preciso descrever aqui os fatos que tornam esta história criada pelo mestre dos quadrinhos Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons tão comovente e até aterradora sobre como a sociedade e os seus meios de comunicação se moldam sobre contingentes existenciais como: a moral, a ética, o medo, o amor e até o famigerado altruísmo contido nas peças essenciais da narrativa desta história.
Pois bem, após o grande sucesso de um dos maiores, mais vendidos e mais cultuados quadrinhos da história, e perpassado os fatores históricos e a ambientação em que ocorre Watchmen, seus produtores e criadores se perguntaram: como haver uma renovação? Como fazer os fãs desta grande série se sentirem mais uma vez atingidos pela sua grandiosidade? Ou até para aqueles mais céticos que acreditam veemente que a arte dos quadrinhos sempre foi utensílio do mercado global e capitalista, como conseguir vender ainda mais os nossos heróis? Sendo que os personagens altamente complexos de Watchmen foram física e psicologicamente forjados para aquele momento de euforia e preparação para uma iminente guerra nuclear entre duas superpotências mundiais (EUA e URSS).
Eis que numa súbita corrente elétrica de genialidade acontece o fato gerador desse artigo. A cúpula de criação da DC Comics se junta e promove a criação de um Prequel (termo utilizado para designar história ou fatos ocorridos antes do enredo original, palavra essa que não possui tradução para o português) de Watchmen denominado: Antes de Watchmen. Composta por oito edições. Assim mostrando aos seus fãs como se construíram os alter egos de cada um dos deliciosos personagens da Hq. Uma ideia primeiramente não aceita pelos fãs, mas que após entrevistas e toda uma gama de artifícios publicitários fez com que a ideia fosse tragada e aceita por grande parte dos fãs. Feito este lançamento em 2012 para o público americano em edições mensais narrando às histórias de cada um dos heróis, chega às bancas e livrarias brasileiras encadernadas pela já tão conhecia editora italiana Panini Comics. O primeiro fascículo nominado Coruja e seu predecessor Espectral demonstram a destreza na arte de criar histórias, utilizando essas histórias também como meio de respostas para as perguntas deixadas pela história original que por mais detalhada e bem formulada, ainda geravam algumas lacunas na cabeça dos leitores. Abrindo parênteses agora para falar somente de Coruja e Espectral(falando como fã nunca foram os meus preferidos), geraram em mim um apreço maior pelos personagens, demonstrando a cada página as suas características mais humanas, e como numa época de mudanças, eles(até então muito jovens para perceber as verdadeiras chagas e problemáticas de um mundo regado a dor, onde seus heróis como rezava Cazuza estavam morrendo de Overdose, e faziam parte de todo um conluio midiático  que ao fim de suas gloriosas carreiras não detinham mais nenhum propósito de cunho minimamente social), sentiam e precisavam ser os fatores da mudança desse mundo desolador.
Coruja e Espectral
O Prequel de Watchmen tenta trazer ao público uma volta ao prazeroso ato de ler a contundente história de Dr. Manhattan, Espectral, Rorschach, Coruja, Ozymandias e a grande metáfora deste quadrinho o contraditório Comediante. Uma obra nova que vale conferir!
Antes-de-Watchmen

Liga da Justiça #12

Liga da Justiça – #12 Mix Panini (Nota: 6,0)
Liga da Justiça #12:

Isso sim que é uma edição emocionante e problemática. Lotada de ação, embate final com vilão, novos romances, novos problemas e novas equipes. É até difícil escolher por onde começar.

Superman #8 e #9

O blog http://crisenasinfinitascomics.blogspot.com.br/ mensalmente traz analises das Hq's lançadas aqui no Brasil da DC comics lançadas pela Panini. São ótimas analises que se seguem abaixo:


Decidimos fazer análises compiladas das mais recentes aventuras de Kal-El. Desta forma, os números 8,9,10,11,12 e 13 serão analisados em duplas, e futuramente voltarei a trabalhar em textos sobre revistas únicas.
Aqui começa a análise dos números 8 e 9.

Superman #8 - Nota final: 5,0

Como sempre, esta HQ é um mix de três: Superman, Supergirl e Action Comics.
Na primeira, Kal-El recebe uma proposta para juntar-se a um alienígena e dominar o mundo, é claro que ele se recusa e desce pra porrada.
Em Supergirl, Kara enfrenta as sensacionais arrasa-mundos em um combate violento.
E em Action Comics, o Super enfrenta o Colecionador de Mundos o que trará grandes consequências para o herói na Terra.

Esta revista é recheada de ação desenfreada. Há muitos “pof, soc, boom”, mas pouca consistência. Os diálogos estão fracos, nada que se sobressai, mesmo em Action Comics com o roteiro de Grant Morrison. Parece que todos decidiram dar as mãos e escreverem sobre porrada. Mesmo assim, há momentos onde arregalamos os olhos com as artes de Mahmud Asrar que finalmente consegue se destacar (ainda bem). Mas a grande decepção é focada na conclusão do primeiro arco em Action Comics. Admito que eu esperava muito mais de um cara como Morrison, mas nada surpreende, apenas vemos o óbvio ocorrendo o que por si só já é algo para me desanimar. É claro que podemos ainda aguardar grandes obras do cara, mas a sensação de que lemos um filmeco de ação e nada mais vai durar por um tempo.
De resto, não há nada muito a se comentar, pois tudo beira o banal em se tratando de roteiros, mas a arte está em um nível bem agradável.

Superman #9 - Nota final: 9,0

Nesta edição que traz um novo arco para o Super, muita coisa nova acontece. Temos duas partes de Action Comics e uma arte de se aplaudir de George Pérez.

Em Superman - “Segredos e mentiras”, Keith Gifen traz um roteiro envolvente enquanto que as artes de Dan Jurgens continuam em alto nível. A história foca em um blogueiro babaca que ameaça trazer à tona a identidade secreta de Kal-El, mas uma nova vilã decide aparecer e causar mais problemas.
Mesmo sendo uma história “básica”, ou seja, luta entre herói e vilã com um babaca ao fundo, ela acaba apresentando uma qualidade quase que impecável, pois nada sai dos conformes, tudo rola redondo, tanto o roteiro quanto a arte. Ainda mais se compararmos com o confronto anterior chatíssimo contra Helspont.

Em Supergirl - “Uma garota no mundo”, sai o mediano Mahmud Asrar e entra o ótimo George Pérez. Além dessa arte magnífica, encontramos um roteiro inteligente e engraçado nas mãos da dupla Mike Johnson e Michael Green. Aqui vemos uma Kara Zor-El perspicaz, mesmo perdida em uma nova vida no meio de uma sociedade que claramente não a entende. Me arrisco em dizer que é a melhor coisa que já li da Supergirl, e por isso me empolgo com as próximas edições.

Já nas duas pequenas histórias de Action Comics - “A maldição de Superman” e “Poder executivo”, vemos uma realidade alternativa onde o presidente Calvin Ellis é, na verdade, um super herói muito similar ao nosso Homem Do Amanhã. A história é gostosa, interessante, mas extremamente passageira. Ela serve mais como uma anedota, mas vale a pena cada diálogo e cada piadinha. É, com certeza, uma boa transição para o que anda está por vir nesta HQ.

No geral, Superman #9 não apenas agrada, mas surpreende com textos de muito bom gosto e artes bastante competentes.

Esperamos que continue assim.

fonte: http://crisenasinfinitascomics.blogspot.com.br/2013/07/superman-8-e-9.html